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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

VELEJAR, O JOGO

Em tempos de mundo virtual, os jogos cibernéticos dominam o imaginário dos jovens. São estimulantes e entretêm por muitas horas em frente às telas. Os desafios propostos estimulam as pessoas a buscarem habilidades em conduzir seus personagens em aventuras virtuais onde não existem riscos à integridade física, onde tudo é possível. Mas esse novo mundo proposto consegue tornar as pessoas melhores? Será que aumenta o entendimento da vida real?

Essas perguntas provavelmente terão respostas negativas em função do comportamento das pessoas no mundo real. As tentativas de transferir para a realidade tudo que foi aprendido no mundo virtual mostra claramente a imaturidade e falta de conexão com a realidade.

Por outro lado a prática da vela pode ser encarada como um jogo, nos mesmos moldes dos cibernéticos. Velejar é um desafio permanente. Os objetivos serão vencidos à medida que o aprendizado e as habilidades forem evoluindo. Fazer o barco se movimentar com o vento, colocá-lo no rumo certo, estabelecer um objetivo, traçar rotas, avaliar percurso e finalmente concluir o caminho.

Tudo funciona do mesmo jeito que um jogo, a diferença é que é real, as experiências são reais. Os sentidos serão utilizados para suprir as necessidades do organismo. Tudo que acontecer será sentido e vivenciado. Haverá contato com o mundo, necessidade de integração com a natureza e o clima. Calor, frio, sol, chuva, umidade ou secura serão experimentados. Haverá necessidade de estabelecer relacionamentos, criar responsabilidades e integração.

Como seria o mundo se mais pessoas praticassem a vela? Imagino que teríamos pessoas mais calmas, amadurecidas e responsáveis. Seria um mundo mais comprometido com a natureza. Aliás natureza da qual fazemos parte e dependemos para sobreviver. Acredito na educação das crianças, na conexão com a realidade através de vivências lúdicas e prática desportiva saudável. Há que se buscar isso para que o mundo seja melhor, para que possamos passar a diante um mundo melhor do que recebemos. Acredito que ainda dá tempo e tem muita gente atuando nesse sentido. Devemos apoiar e incentivar todas as boas iniciativas.

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