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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Renascimento e reintegração. Feliz 2013 !

  Toda essa energia boa do Natal só faz bem para a humanidade. Esse momento tem muito há ver com o espírito da vela popular. Estamos construindo um novo caminho com amizade e companheirismo. Buscamos um futuro de alegria e liberdade. Fazemos tudo por amor a vela. O movimento está ganhando força, sempre com uma energia muito positiva.
   Que venha, então, 2013. Que a vela tenha um renascimento popular. Que a simplicidade possa reabrir os caminhos antes inacessíveis. Que as pessoas possam sentir e interagir com a natureza de forma pacífica, fazendo a reintegração do ser humano com as suas origens. Que as pessoas voltem a se sentir parte da natureza. Que o respeito e a harmonia volte a reinar na terra. Que todos os seres possam ser felizes!

Que em 2013 venham bons ventos para inflar nossos corações com amor para velejarmos nossas vidas pelos mares da felicidade com destino a paz.

Saúde, amor e paz!


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Velejada técnica ou velejada instintiva?

Vamos conceituar a velejada que eu estou chamando de instintiva como sendo a velejada sem o rigor da instrução de navegação com termos náuticos, é mais uma velejada apenas com as instruções de como operar o veleiro em uso. A velejada técnica é aquela que o iniciante tem toda uma carga teórica de navegação e operação do veleiro antes de ir para a água, é a veleja instruída por completo. Obviamente que veremos uma enorme diferença de qualidade entre as duas formas citadas. Certamente o posicionamento do barco, a mareação das velas e o controle nas manobras serão bem distintas. Mas a questão não passa pelo desempenho do velejador na condução do seu veleiro, mas sim pela satisfação de velejar. Quantos adultos estão dispostos a aprender conceitos e teorias de navegação a vela antes de se lançar em uma velejada? Certamente poucos. Agora vamos alterar a ordem da ação na mesma pergunta: Quantos adultos estão dispostos a aprender conceitos e teorias de navegação depois de terem se lançado em uma velejada? Certamente mais que antes. É aí que acredito que está o ponto chave para que se possa incentivar novamente o crescimento da vela ao atrair novos velejadores. A velejada instintiva deve ser incentivada no primeiro momento para que as pessoas tenham a certeza de que velejar não é complicado e está de fato ao seu alcance. Assim despertamos a vontade de aprender e evoluir na vela. Alguns já estão se perguntado de onde tirei esta ideia, mas não foi só da minha cabeça, trata-se de observação durante vários encontros de vela popular. Tenho acompanhado o crescimento do número de caiaques a vela indo para a água e é sensível a evolução técnica dos velejadores iniciantes que partiram do conhecimento zero para uma velejada razoavelmente técnica e com desempenho satisfatório para o lazer em curto espaço de tempo. Mais uma vez retornamos aos primórdios da navegação, onde não havia escolas de vela e os pescadores e navegadores aprendiam por si só observando como os outros navegavam. Acredito que a observação é uma forma de aprendizagem mais instintiva e funciona também. O rigor formal da escola não deve ser abandonado ou deixado de lado, mas deve ser mais bem direcionado aos diversos segmentos da navegação à vela, como por exemplo: lazer, competição de alto rendimento, prática desportiva (no sentido de atividade física e higiene mental), cruzeiro e exercício profissional. Aliás, este último segmento, o exercício profissional, é de fundamental importância, estamos carentes de profissionais de vela, não temos uma legislação muito clara a este respeito e tão pouco temos escolas formais para esta atividade. Acredito que a formação de profissionais também é uma forma de desenvolver a atividade.