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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Segurança no mergulho!

Quando eu e Karla, minha esposa, decidimos fazer um mergulho em Arraial do Cabo - RJ, nós optamos por fazer o curso básico de mergulho completo com a operadora Tempo de Fundo Atividades Subaquáticas, foram 8 aulas em quatro finais de semana antes de irmos para Arraial do Cabo. As aulas eram teóricas e práticas distribuídas em 3 horas por dia, aprendemos as técnicas de mergulho, e tivemos todas as informações de segurança e comportamento no mergulho. Isso é muito importante para se evitar o pânico debaixo d'água e também evitar comportamentos que acabem por gerar acidentes. E o mais importante, se ocorrer algum imprevisto o mergulhador deve ter a tranquilidade e capacidade para agir em segurança. Depois do nosso primeiro mergulho já fizemos outro nas Ilhas Cagarras - RJ e pretendemos continuar o aprendizado curtindo as maravilhas do fundo do mar.

Vejam o que o nosso instrutor Adriano Peregrino diz a respeito da notícia: "Mais uma fatalidade no mergulho recreativo. Morreu o empresário dinamarquês, Hendrik Kent Jensen, 43 anos em Crystal Bay, Penida Nusa, regência Klungkung, Bali, na terça-feira."

- "Quando as escolas, operadoras, instrutores e principalmente os candidatos a futuros mergulhadores vão dar a real importância e consideração na formação básica de um mergulhador?

A formação básica de um mergulhador demanda tempo e dedicação de ambas as partes aluno/instrutor. Nenhum mergulhador se torna instrutor do dia pra noite. Assim como também não se formam mergulhadores em finais de semana.
O curso básico de mergulho no Brasil e no mundo tem sido negligenciados. Se troca o lucro imediato por uma rápida formação.

Está ai o resultado, 19 mortes de mergulhadores no mundo somente esse ano.

QUANDO PROCURAREM UM CUSO QUESTIONEM; A CARGA HORARIA, O CONTEUDOD AS AULAS PRATICAS E TEÓRICAS, PRATICAS DE PISCINA E DE MAR...

Segurança vem através de bons equipamentos, informações (qualificação) e treinamento o resto é treino, treino, treino... E é assim para todos mergulhadores, instrutores escolas e operadoras.

Águas Roxas a todos e mergulhem com segurança.

Adriano Peregrino
Instrutor CBPDS/CMAS"
www.tempodefundo.com.br

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Desgovernado em Maricá

É isso mesmo, fiquei desgovernado na Lagoa de Maricá. No sábado passado, dia 18/08/2012, fomos à lagoa de Maricá para mais um encontro de vela popular. Estavam presentes o Danilo e o Genilson, além de mim, é claro. Foi uma ótima oportunidade para mais uma velejada de aprimoramento do Catanoiak com a vela na proa. O vento estava ótimo, com boa intensidade e direção bastante constante. Iniciamos as velejadas e tudo estava indo muito bem. Fui e voltei várias vezes até que fez um "crec" no leme o que fez com que ficasse meio mole mas continuei velejando assim mesmo. Já estava dando para sentir que o leme tinha quebrado, mas, na lagoa dá para arriscar até o fim. Daí para diante a situação só foi piorando e cada cambada já estava se tornando um enorme sacrifício. Foi indo até que tentei fazer uma cambada no contravento e o leme ficou bem mole e o barco sem controle, e bem na minha frente tinha uma rede de pesca não sinalizada, tentei desviar e perdi o controle indo parar na margem da lagoa no meio da taboa. Tive que descer do catanoiak e virá-lo de volta para a lagoa onde desisti de seguir em frente e parti para o retorno ao ponto inicial. Ainda bem que o vento estava a favor e foi um passeio de volta sem leme com vento de popa. Quando cheguei e fui desmontar o catanoiak é que vi o tamanho do estrago no leme, agora vou providenciar uma peça bem feita. A parte que quebrou foi justamente a que eu fiz de compensado. Ficou fragilizado na parte de fixação pois tive que desbastar pois a espessura do compensado era diferente. Sendo assim já era esperado que quebrasse, mas a gente sempre torce para que não aconteça. Enfim, vamos providenciar uma peça de fibra-de-vidro para substituir o compensado além de reduzir um pouco o tamanho do leme também. Voltemos à bancada da oficina.


Parte superior do leme


Parte superior do leme


Rachadura que deixou o leme mole


O leme inteiro




sábado, 11 de agosto de 2012

Mutirão na praia vermelha - RJ

Hoje, 11/08/2012, participei do mutirão para educação ambiental na praia vermelha, bairro da Urca, na cidade do Rio de Janeiro. Eu participei como voluntário e fiquei na tenda do Projeto Grael (www.projetograel.org.br) no auxílio da oficina de nós, onde foram ensinados para os participantes vários tipos de nó. Também tinha uma exposição de fotos para conscientização das pessoas para os efeitos do lixo nas águas e para a vida marinha. O Vinícius Palermo foi quem organizou a tenda e as atividades do Projeto Grael. Tinham várias tendas com oficinas de reutilização de materiais e conscientização ambiental. Também foram realizadas atividades de pesquisa junto a população e frequentadores da praia, coleta de lixo na areia da praia, coleta de lixo no mar e na ilha em frente à praia feita pelo pessoal da canoagem, coleta de lixo no fundo do mar feita por mergulhadores do Sea Shepherd. Foram coletadas algumas centenas de quilos de lixo pelos voluntários. Um detalhe, a água estava bastante turva e tinha pouca visibilidade, mas mesmo assim os mergulhadores conseguiram tirar do fundo uma quantidade enorme de velas de ignição veicular, redes, linhas de pesca e pilhas, além de sacos plásticos e outros tipos de lixo. Foi muito bom participar e ver que existem várias pessoas engajadas na preservação do ambiente e na conscientização da população.

Uma frase de um dos membros do Sea Shepherd:

"Dizem que os brasileiros adoram praia. Eu não acredito, é só olhar ao redor e ver quanto lixo está na praia."

Quem gosta não destrói e preserva para poder usar sempre.

Algumas fotos que tirei do evento.











































domingo, 5 de agosto de 2012

E a esperança é a náutica popular!

Quando vejo uma foto destas, fico meio triste e até com inveja da realidade náutica de países desenvolvidos.


Na verdade, nossa realidade náutica é insignificante se comparada a vários países europeus, obviamente guardando as respectivas proporções. Temos um litoral imenso, muitas baías, grandes rios, lagos, lagoas e represas, e quase não temos barcos para navegar. E o mais interessante é que a nossa origem é muito ligada a navegação e ao litoral. Nada disso explica a pouca atividade náutica no Brasil. Eu tenho as minhas próprias desconfianças, a primeira delas, é ligada ao desenvolvimento econômico e a outra é ligada à educação. A construção de barcos no Brasil ainda hoje guarda uma forte conotação artesanal e baixo nível de desenvolvimento, isso explica muita coisa. Mesmo com o crescimento econômico e o desenvolvimento heroico de alguns estaleiros que fazem barcos para esporte e recreio, não houve grandes ganhos tecnológicos na indústria nacional. Falta matéria prima de qualidade, resinas e fibras são na maioria importadas. Até hoje não temos bons motores para embarcações, temos que adaptar motores a preços altíssimos. Um pouquinho de crescimento foi logo acompanhado de acidentes com jet skis e lanchas. Isso mostrou que nem as autoridades e nem as pessoas foram educadas e preparadas para o crescimento do volume de barcos em atividade. O esporte da vela ainda é muito vinculado a uma elite social, isso é explicado pelo altíssimo custo das embarcações e materiais. Um outro fator de subdesenvolvimento da vela é o baixo nível educacional da população, que passa a ter grande dificuldade para praticar o esporte, em função da necessidade de conhecimentos básicos de física, meteorologia, hidrodinâmica entre outros. Não que seja difícil, mas há necessidade de entendimento do funcionamento do barco e interação com a água e o vento. Acredito que encontramos um bom caminho para ir devagarinho mudando esta realidade: a náutica popular. São as canoas, caiaques e pequenos barcos que certamente vão trazer a cultura náutica ao povo brasileiro. São várias iniciativas individuais espalhadas pelo país que aos poucos vão ganhando adeptos e lentamente sendo disseminadas. Assim mantemos acesa a esperança em um futuro mais promissor para a náutica no nosso amado país.